O prometido é devido, aqui está a segunda parte das "Músicas que devia ter vergonha de um dia ter gostado".
Não consigo olhar pró gajo!
O álbum chamava-se "Wheels are Turnin", o ano era 1985, e aquele olhar esgazeado, aquela cabeleira farta que se mantêm em pé, miraculosamente, sem ajuda de laca, gel ou de qualquer tipo de armação metálica ou em betão, abriram caminho para a ascensão dos REO Speedwagon aos tops mundiais.
"Can't Fight this Feeling" é anos 80 até à medula (excepto alguns dos membros da banda que parecem saídos de um porno dos anos 70).
O vídeo é uma exploração ad nausea de efeitos de gosto dúbio, que não conseguem contudo apagar a fealdade dos membros da banda, e nem por sonhos, em momento algum, disfarçam o ar de "Psycho Killer choninhas" daquele vocalista.
Quero saber o que é o amor
Não é que a música não mereça ser ouvida do príncipio ao fim, mas aconselho vivamente a acelerarem o vídeo até ao minuto (1.24) em que a Musa inspiradora se baba de uma maneira descontrolada - na mais desastrosa tentativa de erotismo na história dos vídeos musicais.
O resto são os mesmos penteados, o típico sofrimento de vocalista de power ballad, imagens avulsas de Nova Iorque (um raro cosmopolitismo) e ainda um inovador toque étnico de um coro de Gospel. Um sucesso garantido!
O Enigma
Este senhor tinha tudo para ser one-hit wonder, mas a verdade é que também é responsável por esta outra pérola (Não se assustem com a respiração!).
The Riddle é um enigma em si, que mistura belos penteados (não me canso de o referir e não venham cá com história que é inveja por causa da minha calvice)com uma estética sem sentido, que mistura arcaísmos com futurismos datados, tambores e flautas com rato mickey e um Enigma que os produtores de Batman deviam por certo processar.
A chama eterna
Aí está uma músiquinha toda lamechas. Mas em abono da minha pessoa devo dizer que as miúdas eram giras.
O irmão Luís
Quando se fala dos anos 80 os Modern Talking vêm sempre à liça, e Brother Louie é um dos singles mais injustamente esquecido do duo Thomas Anders/Diete Bohlen.
Desta vez não vou destacar maravilhas capilares, prefiro falar do Óscar, ou da multidão entusiasta que vibra com a actuação dos senhores.
Convém notar também que este duo tentava contrastar sempre. Se um era loiro, o outro era moreno. Se um vestia de forma informal com jeans e sapatilhas o outro vinha de fatinho reluzente. Se um apertava a camisa até ao pescoço o outro não apertava sequer um botão. Se um tocava guitarra e orgão o outro nem pandeireta tocava.
And it can go on and on...
to be continued...
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1 comentário:
Ahahahahahhahah! Lembro-me tanto disto! Quase que me asfixiei a rir com a Eternal Flame das The Bangles, música que eu cantava continua e ininterruptamente. Se me esforçar acho que ainda consigo lembrar-me da letra. Muito medo! Já o Nik Kershaw continua a ser um guilty pleasure...
Agradece-se, assim, profundamente, a excelente escolha musical de sábado à noite no Triplex - de que fiquei fã. Não há como uma boa festa dos anos 80 para me sentir viva. É pena não haver mais e de tão boa qualidade. Continuação do excelente trabalho!
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