domingo, 31 de janeiro de 2010
LA TRICOLEUR
Aqui fica uma proposta de alteração ao niqab e à burqa para ambos poderem continuar a ser utilizados em transportes e edifícios públicos franceses.
sábado, 30 de janeiro de 2010
TO HELENA
Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
A maneira mais triste de se estar contente
a de estar mais sozinho em meio de mais gente
de mais tarde saber alguma coisa antecipadamente
Emotiva atitude de quem age friamente
inalterável forma de se ser sempre diferente
maneira mais complexa de viver mais simplesmente
de ser-se o mesmo sempre e ser surpreendente
de estar num sítio tanto mais se mais ausente
e mais ausente estar se mais presente
de mais perto se estar se mais distante
de sentir mais o frio em tempo quente
O modo mais saudável de se estar doente
de se ser verdadeiro e revelar-se que se mente
de mentir muito verdadeiramente
de dizer a verdade falsamente
de se mostrar profundo superficialmente
de ser-se o mais real sendo aparente
de menos agredir mais agressivamente
de ser-se singular se mais corrente
e mais contraditório quanto mais coerente
A via enviesada para ir-se em frente
a treda actuação de quem actua lealmente
e é tão impassível como comovente
O modo mais precário de ser mais permanente
de tentar tanto mais quanto menos se tente
de ser pacífico e ao mesmo tempo combatente
de estar mais no passado se mais no presente
de não se ter ninguém e ter em cada homem um parente
de ser tão insensível como quem mais sente
de melhor se curvar se altivamente
de perder a cabeça mas serenamente
de tudo perdoar e todos justiçar dente por dente
de tanto desistir e de ser tão constante
de articular melhor sendo menos fluente
e fazer maior mal quando se está mais inocente
É sob aspecto frágil revelar-se resistente
é para interessar-se ser indiferente
Quando helena recusa é que consente
se tão pouco perdoa é por ser indulgente
baixa os olhos se quer ser insolente
Ninguém é tão inconscientemente consciente
tão inconsequentemente consequente
Se em tantos dons abunda é por ser indigente
e só convence assim por não ser muito convincente
e melhor fundamenta o mais insubsistente
Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
O mar a terra o fumo a pedra simultaneamente.
* *
Ruy Belo
A maneira mais triste de se estar contente
a de estar mais sozinho em meio de mais gente
de mais tarde saber alguma coisa antecipadamente
Emotiva atitude de quem age friamente
inalterável forma de se ser sempre diferente
maneira mais complexa de viver mais simplesmente
de ser-se o mesmo sempre e ser surpreendente
de estar num sítio tanto mais se mais ausente
e mais ausente estar se mais presente
de mais perto se estar se mais distante
de sentir mais o frio em tempo quente
O modo mais saudável de se estar doente
de se ser verdadeiro e revelar-se que se mente
de mentir muito verdadeiramente
de dizer a verdade falsamente
de se mostrar profundo superficialmente
de ser-se o mais real sendo aparente
de menos agredir mais agressivamente
de ser-se singular se mais corrente
e mais contraditório quanto mais coerente
A via enviesada para ir-se em frente
a treda actuação de quem actua lealmente
e é tão impassível como comovente
O modo mais precário de ser mais permanente
de tentar tanto mais quanto menos se tente
de ser pacífico e ao mesmo tempo combatente
de estar mais no passado se mais no presente
de não se ter ninguém e ter em cada homem um parente
de ser tão insensível como quem mais sente
de melhor se curvar se altivamente
de perder a cabeça mas serenamente
de tudo perdoar e todos justiçar dente por dente
de tanto desistir e de ser tão constante
de articular melhor sendo menos fluente
e fazer maior mal quando se está mais inocente
É sob aspecto frágil revelar-se resistente
é para interessar-se ser indiferente
Quando helena recusa é que consente
se tão pouco perdoa é por ser indulgente
baixa os olhos se quer ser insolente
Ninguém é tão inconscientemente consciente
tão inconsequentemente consequente
Se em tantos dons abunda é por ser indigente
e só convence assim por não ser muito convincente
e melhor fundamenta o mais insubsistente
Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente
O mar a terra o fumo a pedra simultaneamente.
* *
Ruy Belo
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
COS WE ARE JUST FOLLOWING THE FLOCK ROUND
The Last Shadow Puppets - My Mistakes Were Made For You (2009)
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
LAPIDAR
«This then, I thought, is the representation of history. It requires a falsification of perspective. We, the survivors, see everything from above, see everything at once, and still we do not know how it was.»
(W. G. Sebald, The Rings of Saturn)
(W. G. Sebald, The Rings of Saturn)
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
A GRANDEZA DO BENFICA E A TRISTEZA DO JEAN SONY
Ao ver hoje como a SIC e mais tarde a TVI noticiaram a realização do jogo contra a pobreza fiquei com a certeza absoluta que se o Benfica este ano não for nomeado campeão por decreto, será por televoto.
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sábado, 23 de janeiro de 2010
FUI VER O AVATAR...
Fui ver o Avatar, gastei 6 euros (lindos óculos incluídos) e devia ter vergonha de assumi-lo publicamente.
sábado, 16 de janeiro de 2010
O IMPÉRIO CONTRA ATACA
Ainda não aderi ao acordo ortográfico e tão cedo não acharei que é óptimo escrever húmido sem "agá" por entre outras inovações deste quilate.
Continuarei a escrever como aprendi porque já será tarde para reaprender a escrever - dizem que burro velho não aprende...
Não sou contra a ideia de simplificação que está inerente no acordo, mas tenho em muito boa conta a etimologia da minha língua, para deixar cair uns "cês", "pês" ou "agás" mudos que sempre dão um ar catita à mesma.
Irei continuar a pronunciar o 'c' em pacto, em facto, tal como irei continuar a dizer rapto.
E um pato, um fato e um rato irão continuar a ser para mim o que sempre foram.
Mas eu sou um gajo que não percebe nada da língua que usa e menos ainda de linguística. Sou um leigo, daqueles bem leigos, whatever that means...
Sinto que ressalvando os conhecedores da língua, donde se destaca logo à partida Vasco Graça Moura, a maioria dos opositores do acordo (e basta ir ao facebook para ver que não são assim tão poucos) é contra apenas e tão só por nacionalismo bacoco.
Há um principio de superioridade portuguesa sobre todos os outros falantes da língua que me repugna (e não escrevi repugna-me, exactamente para irritar suas senhorias).
A língua não é um património nosso. Não fomos nós que a inventamos, foram os nossos antepassados que também são em larga maioria os antepassados dos brasileiros.
Não gosto da ideia da minha língua ser um campo de lide de xenofobias idiotas e gosto ainda menos da ideia de um neo-colonialismo línguistico.
Salazar está morto e enterrado (Getúlio Vargas também), Fernando Pessoa que sempre se recusou a escrever Farmácia sem o seu tão amado Ph continua a dizer tanto a nós como diz a um Goense ou a um Cabo Verdiano, e tem no Brasil o país do mundo com o maior número de pessoanos.
Olhemos para esta situação com outros olhos: conhecem alguma ex-metrópole imperial que adapte a sua ortografia à ortografia de uma ex-colónia do Império? Os ingleses jamais e o Brasil deles é bem maior que o nosso; os Espanhóis até se sentem mal com sotaques dentro da Península quanto mais cederem algo aos argentinos e mexicanos. Quanto aos franceses suponho que preferiam deitar a Torre Eiffel abaixo antes de mudarem um acento que seja na sua língua por causa do Senegal.
Seremos nós os primeiros e por certo não os últimos, o Império algum dia iria morder-nos a mão, estava na cara...
Resta-nos a consolação de que não é para qualquer um e de que é preciso tê-los bem no sítio, para assumir assim perante o mundo, que não somos os maiores dentro da comunidade que fala a nossa língua.
Continuarei a escrever como aprendi porque já será tarde para reaprender a escrever - dizem que burro velho não aprende...
Não sou contra a ideia de simplificação que está inerente no acordo, mas tenho em muito boa conta a etimologia da minha língua, para deixar cair uns "cês", "pês" ou "agás" mudos que sempre dão um ar catita à mesma.
Irei continuar a pronunciar o 'c' em pacto, em facto, tal como irei continuar a dizer rapto.
E um pato, um fato e um rato irão continuar a ser para mim o que sempre foram.
Mas eu sou um gajo que não percebe nada da língua que usa e menos ainda de linguística. Sou um leigo, daqueles bem leigos, whatever that means...
Sinto que ressalvando os conhecedores da língua, donde se destaca logo à partida Vasco Graça Moura, a maioria dos opositores do acordo (e basta ir ao facebook para ver que não são assim tão poucos) é contra apenas e tão só por nacionalismo bacoco.
Há um principio de superioridade portuguesa sobre todos os outros falantes da língua que me repugna (e não escrevi repugna-me, exactamente para irritar suas senhorias).
A língua não é um património nosso. Não fomos nós que a inventamos, foram os nossos antepassados que também são em larga maioria os antepassados dos brasileiros.
Não gosto da ideia da minha língua ser um campo de lide de xenofobias idiotas e gosto ainda menos da ideia de um neo-colonialismo línguistico.
Salazar está morto e enterrado (Getúlio Vargas também), Fernando Pessoa que sempre se recusou a escrever Farmácia sem o seu tão amado Ph continua a dizer tanto a nós como diz a um Goense ou a um Cabo Verdiano, e tem no Brasil o país do mundo com o maior número de pessoanos.
Olhemos para esta situação com outros olhos: conhecem alguma ex-metrópole imperial que adapte a sua ortografia à ortografia de uma ex-colónia do Império? Os ingleses jamais e o Brasil deles é bem maior que o nosso; os Espanhóis até se sentem mal com sotaques dentro da Península quanto mais cederem algo aos argentinos e mexicanos. Quanto aos franceses suponho que preferiam deitar a Torre Eiffel abaixo antes de mudarem um acento que seja na sua língua por causa do Senegal.
Seremos nós os primeiros e por certo não os últimos, o Império algum dia iria morder-nos a mão, estava na cara...
Resta-nos a consolação de que não é para qualquer um e de que é preciso tê-los bem no sítio, para assumir assim perante o mundo, que não somos os maiores dentro da comunidade que fala a nossa língua.
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
QUE NÃO SE MUDA JÁ COMO SOÍA
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
* *
Luís Vaz de Camões
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
PORTRAIT D'UNE FEMME
Your mind and you are our Sargasso Sea,
London has swept about you this score years
And bright ships left you this or that in fee:
Ideas, old gossip, oddments of all things,
Strange spars of knowledge and dimmed wares of price.
Great minds have sought you--lacking someone else.
You have been second always. Tragical?
No. You preferred it to the usual thing:
One dull man, dulling and uxorious,
One average mind--with one thought less, each year.
Oh, you are patient, I have seen you sit
Hours, where something might have floated up.
And now you pay one. Yes, you richly pay.
You are a person of some interest, one comes to you
And takes strange gain away:
Trophies fished up; some curious suggestion;
Fact that leads nowhere; and a tale for two,
Pregnant with mandrakes, or with something else
That might prove useful and yet never proves,
That never fits a corner or shows use,
Or finds its hour upon the loom of days:
The tarnished, gaudy, wonderful old work;
Idols and ambergris and rare inlays,
These are your riches, your great store; and yet
For all this sea-hoard of deciduous things,
Strange woods half sodden, and new brighter stuff:
In the slow float of differing light and deep,
No! there is nothing! In the whole and all,
Nothing that's quite your own.
Yet this is you.
* *
Ezra Pound
domingo, 10 de janeiro de 2010
QUANDO UMA VERSÃO É BRILHANTE
Johnny Cash & Fionna Apple - Bridge Over Troubled Waters
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
ÁGORA
Fui ver o Ágora por um conjunto de razões tão diferentes como ter gostado de todos os filmes do Amenabár até hoje, ser um sucker por filmes históricos, achar a Rachel Weisz uma boa ilustração para o adjectivo maravilhosa (dos pés à cabeça e vice-versa) ou ter lido o Rui Tavares a falar bem do filme.
O filme prometia e decididamente não cumpriu. Salva-se a Rachel (obviamente!), os cenário (mas quem é que se lembrou de encimar a fachada da Biblioteca de Alexandria com bandeiras quadradas?) e pouco mais.
Resta-nos um raro mas interessante olhar sobre o fanatismo do proto-cristianismo e a ascensão do mesmo a Religião oficial do Império, contudo não vejo ali um filme anti-cristão - as pedradas dos judeus e as facadas dos pagãos são esclarecedoras - como muitos advogam.
Vejo sim um filme anti-religioso que nos mostra cristãos que - duvido que inocentemente - lembram os muçulmanos dos nossos dias.
Aparte estes pormenores todos o filme é fraco, algumas representações são paupérrimas o argumento é risível - Hipátia dava pano para mangas e foi muito mal aproveitada e para acabar a festa não era necessário falarem de bananas no Império Romano ou atirar tomates às divindades pagãs! Saber um pouco de história não faz mal a quem filma um filme histórico.
P.S.- Eu posso não saber grego mas sei que História não se escreve ΗΙΣΤΟΠΙΑ.
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
UMA TRISTEZA DE CREPÚSCULO...
"Uma tristeza de crepúsculo, feita de cansaços e de renúncias falsas, um tédio de sentir qualquer coisa, uma dor como de um soluço parado ou de uma verdade obtida. Desenrola-se-me na alma desatenta esta paisagem de abdicações - áleas de gestos abandonados, canteiros altos de sonhos nem sequer bem sonhados, inconsequências, como muros de buxo dividindo caminhos vazios, suposições, como velhos tanques sem repuxo vivo, tudo se emaranha e se visualiza pobre no desalinho triste das minhas sensações confusas."
(Bernardo Soares, in Livro do Desassossego)
(Bernardo Soares, in Livro do Desassossego)
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
MONSTROS CRETINOS E SUPER ASSUSTADORES (OU ALGO ASSIM)
David Bowie - Scary Monsters (And Super Creeps) (1980)
LAPIDAR
"Poetry's unnat'ral; no man ever talked poetry 'cept a beadle on Boxin'-Day, or Warren's blackin', or Rowland's oil, or some of them low fellows; never you let yourself down to talk poetry, my boy."
Charles Dickens in Pickwick Pappers
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CÂNTIGO NEGRO
O posderoso poema do grande poeta vilacondense na voz inconfundível de Villaret.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
MANIAS!
O mundo é velha cena ensanguentada,
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.
Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, --
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância quixotesca.
Aos domingos a deia já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,
Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!
* *
Cesário Verde
Coberta de remendos, picaresca;
A vida é chula farsa assobiada,
Ou selvagem tragédia romanesca.
Eu sei um bom rapaz, -- hoje uma ossada, --
Que amava certa dama pedantesca,
Perversíssima, esquálida e chagada,
Mas cheia de jactância quixotesca.
Aos domingos a deia já rugosa,
Concedia-lhe o braço, com preguiça,
E o dengue, em atitude receosa,
Na sujeição canina mais submissa,
Levava na tremente mão nervosa,
O livro com que a amante ia ouvir missa!
* *
Cesário Verde
DEZ ANOS, DEZ ÁLBUNS
Eis a minha lista dos melhores álbuns dos últimos dez anos, e não da década que essa só acaba este ano - mas isso será tema para futuro post.
De fora ficam álbuns que podiam muito bem estar entre os "vencedores" como o Amnesiac (Radiohead), Ágætis byrjun (Sigur Rós), Lightbulbs (Fujiya & Miyagi), Yankee Hotel Foxtrot (Wilko), Armchair Apocrypha (Andrew Bird), Yoshimi Battles the Pink Robots (The Flaming Lips), Think Tank (Blur), Sound Silver (LCD SoundSystem), Give Up (The Postal Service), mas ficam com a menção honrosa e não digam que não vão daqui!
Sem mais delongas apresento-vos a crème da la crème dos 10 anos que agora findaram:
De fora ficam álbuns que podiam muito bem estar entre os "vencedores" como o Amnesiac (Radiohead), Ágætis byrjun (Sigur Rós), Lightbulbs (Fujiya & Miyagi), Yankee Hotel Foxtrot (Wilko), Armchair Apocrypha (Andrew Bird), Yoshimi Battles the Pink Robots (The Flaming Lips), Think Tank (Blur), Sound Silver (LCD SoundSystem), Give Up (The Postal Service), mas ficam com a menção honrosa e não digam que não vão daqui!
Sem mais delongas apresento-vos a crème da la crème dos 10 anos que agora findaram:
2000 - Radiohead - Kid A
2001 - The Strokes - Is This It
2002 - Interpol -Turn On The Bright Lights
2003 - Sigur Rós - ( )
2004 - Arcade Fire - Funeral
2005 - The Black Keys - Thickfreakness
2006 - Artic Monkeys - Whatever People Say I Am, Thats What I'm Not
2007 - The National - Boxer
2008 - Vampire Weekend - Vampire Weekend
2009 - Animal Collective - Merriweather Post Pavilion
2001 - The Strokes - Is This It
2002 - Interpol -Turn On The Bright Lights
2003 - Sigur Rós - ( )
2004 - Arcade Fire - Funeral
2005 - The Black Keys - Thickfreakness
2006 - Artic Monkeys - Whatever People Say I Am, Thats What I'm Not
2007 - The National - Boxer
2008 - Vampire Weekend - Vampire Weekend
2009 - Animal Collective - Merriweather Post Pavilion
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