quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ÁGORA


Fui ver o Ágora por um conjunto de razões tão diferentes como ter gostado de todos os filmes do Amenabár até hoje, ser um sucker por filmes históricos, achar a Rachel Weisz uma boa ilustração para o adjectivo maravilhosa (dos pés à cabeça e vice-versa) ou ter lido o Rui Tavares a falar bem do filme.

O filme prometia e decididamente não cumpriu. Salva-se a Rachel (obviamente!), os cenário (mas quem é que se lembrou de encimar a fachada da Biblioteca de Alexandria com bandeiras quadradas?) e pouco mais.

Resta-nos um raro mas interessante olhar sobre o fanatismo do proto-cristianismo e a ascensão do mesmo a Religião oficial do Império, contudo não vejo ali um filme anti-cristão - as pedradas dos judeus e as facadas dos pagãos são esclarecedoras - como muitos advogam.
Vejo sim um filme anti-religioso que nos mostra cristãos que - duvido que inocentemente - lembram os muçulmanos dos nossos dias.

Aparte estes pormenores todos o filme é fraco, algumas representações são paupérrimas o argumento é risível - Hipátia dava pano para mangas e foi muito mal aproveitada e para acabar a festa não era necessário falarem de bananas no Império Romano ou atirar tomates às divindades pagãs! Saber um pouco de história não faz mal a quem filma um filme histórico.


P.S.- Eu posso não saber grego mas sei que História não se escreve ΗΙΣΤΟΠΙΑ.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estas críticas ficam aquém...!Não sei se terá sido por criar demasiadas expectativas quanto ao filme mas desiludiu completamente...não encontrei nele nada daquilo que esperaria.

NN