Tinha um sonho: acabar com a selva que tinha tomado conta do meu quintal. Tinha uma ideia: fazer um pouco de jardinagem e com isso acalmar o stress. Tinha um plano: começava por plantar umas flores de cheiro e ervas aromáticas no pátio que dá acesso ao quintal. Tinha um motivo: ter ervas em abundância e variedade para os meus cozinhados. Tinha um handicap: ser mais preguiçoso do que é suposto ser.
Fui comprando vasos. Primeiro salva, depois alecrim, seguiu-se um arbusto que ainda hoje não faço ideia do que seja. Depois chegaram o manjericão e os coentros.
Entrou então em cena a minha tia-avó. Num misto de quem quer ajudar com quem quer complicar, começou a regar as minhas plantas todos os dias. Rapidamente o manjericão deu de si.
A recém chegada salsa não aguentou as cheias com periodicidade diária.
Houve a primeira reunião sobrinho-neto-armado em jardineiro com a tia-avó-regadora compulsiva e os resultados foram satisfatórios e ambas as partes os consideraram conclusivos.
A partir desse momento a tia-avó passava a deter o monopólio da rega desde que o fizesse com parcimónia, já o sobrinho neto ficaria encarregado de retirar as folhas secas.
A paz prometia vingar e frutificar, ainda para mais a Primavera adivinhava-se...
Mas na prática o acordo revelou-se um desastre. E duas semanas depois a seca grassava nos vasos e a minha horta de cheiro corria perigo de sobrevivência.
Acusei frontalmente a outra parte de sabotagem e nesse dia ameacei nem sequer fazer o jantar.
Retomei a rédea da horta e durante uma semana as coisas pareciam estar bem encaminhadas...
To be continued
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