terça-feira, 28 de julho de 2009

A FALA ENTRE PARÊNTESIS

Das florestas de Blake aos topos da Ásia
quem, da confusão entre chão e carne
com seu púbis, seu discurso e chamas,
QUEM DEFENDE TEU ROSTO DESTE SUDÁRIO INFERNAL?

Teu nome é Não em cio e som farpados
sinuoso grafito gravado no muro
mudo, contra o tempo
Arfa noturno, o olho do astro na memória

Este é o meu céu: numa bandeira turva
Incendeia seus últimos signos
Te insinua às sombras (que estão nos antros

e subsistem ao gráfico parêntesis:
Flechas ferindo-se no espelho. Reflexos
Dança indefinida


* *

Max Martins