sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SON OF RAMBOW


Era uma vez um filme que se passa numa pequena comunidade do interior da Grã-Bretanha durante o "reinado" de Margareth Tatcher e que conta a história de dois miúdos tão diferentes como o sol e a lua e que um dia se juntam para gravar um filme.
Tinha tudo para ser uma comédia lamechas, de lágrima no canto do olho e de gargalhada fácil a cada nova casca de banana que aparece no chão, mas não é o caso, e é esse o indiscutível mérito da dupla Garth Jennings - Nick Goldsmith (que para quem não sabe são responsáveis por coisas giras como esta).
Estes senhores, com uma estética irrepreensível (fantásticas sequências animadas a ilustrar os sonhos do protagonista) conduzem-nos à mais improvável sequela de um filme do Rambo, e pelo meio conhecemos um inusitado aluno francês que visita a Inglaterra num programa de intercâmbio; um miúdo que está sempre calado e cabisbaixo, e que não pode ver televisão nem cinema por preceitos religiosos que na sua idade ainda não entende; conhecemos também um cão voador sobre os verdes campos de Inglaterra; e um outro miúdo que é um terror e colecciona castigo atrás de castigo.
É um mergulho na década dos penteados estranhos, do VHS, do Spectrum e da música dos Depeche Mode, Gary Numan, The Cure, Duran Duran, Siouxsie and the Banshees...
É um filme cómico sobre crianças e que agradará as crianças, mas que toca muito mais aqueles que foram crianças nessa década que hoje anda tão em voga.
Repito, é um filme que tem tudo para ser lamechas, mas que nunca chega a ser.
Dito isto.... só resta dizer que é um belo filme!

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